Arte para mim é uma forma de lidar com aquilo que não sei lidar, durante essa crise do COVID-19 surgiu a ideia desse ensaio, como uma crítica de como o Covid-19 vem sendo tratado no Brasil, e também uma forma de tentar mostrar através da arte a gravidade do problema para as pessoas.
A morte da humanidade me assusta, não apenas pela morte da vida, pois a morte é consequência da vida e com isso a gente sabe como lidar, falo da morte da humanidade, aquilo que nos faz sentir e agir em comunidade, a humanidade que nos transforma em humanos. Quando a vida é tratada como mercadoria, os nomes se transformam em números, os motivos se perdem a vida vira dados, vira estatística. A vida sem humanidade perde seu significado. E daí, que me assusta, pessoas sem humanidade, se tornam egocêntricas, que buscam seus prazeres acima do bem comum, que ignoram os fatos e a ciência pela ilusão da razão, não se importam com os outros, que não se importam com a vida, que não se importam com mais nada que não lhes satisfaça, uma humanidade sociopata onde a vida se transforma em dados, e dados ganham vida.
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